segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Loucura

Que loucura é esta, com a qual não se chega a lugar nenhum?
Como e onde a loucura está?
Por onde posso ser sadio e louco ao mesmo tempo?

Até que ponto somos loucos?
Os loucos são sadios, ou os sadios são loucos?
Por onde a loucura conhece a verdade plena?
Aonde e quando a loucura pode ser acreditada?

Qual a definição de loucura?
A loucura é mesmo uma loucura?
Ou a loucura é um tempo transitório?

Rodei por todos os cantos, e encontrei um louco varrido, mas ele
me dizia as coisas mais maravilhosas possiveis, e cheguei à
conclusão de que a loucura é um tempo temporário de
pensamento contrário à sociedade.

Autor: Luiz Fernando Barbosa

terça-feira, 2 de junho de 2009

17 de maio - 20 da intervenção na Casa de Saúde Anchieta


No dia 17 de maio de 2009 o núcleo "Por Uma Sociedade Sem Manicômiso", participante da RENILA, realizou ato público em comemoração aos 20 da intervenção na Casa de Saúde Anchieta, antigo hospital psiquiátrico que existia em Santos, SP.

O evento foi realizado em frente ao prédio onde era instalado o hospital, e atualmente algumas famílias fizeram sua residência. Após o fim das atividades, o prédio ficou abandonado, e para evitar que a população de rua tomasse conta, um dos moradores da vizinhança começou a cuidar do espaço. Com o tempo, pessoas começaram a pedir auxilio para moradia, e então espaços foram organizados dentro do prédio para este fim.

Contou com a participação de ex-internos do hospital, que contaram um pouco da experiência vivida na época. Histórias de agressões, eletrochoques e maus tratos foram relembradas. Funcionários do antigo hospital também estiveram presentes, contando sobre a luta que travaram para atuarem de maneira a humanizar o atendimento.



Foram oferecidas atividades artísticas, como pintura em guache e montagem de ikebana, e os atuais moradores do espaço também participaram destas atividades.


Foi o reencontro com um dos marcos históricos da saúde mental brasileira, pois a C. S. Anchieta foi o primeiro hospital psiquiátrico a ser interditado no pais.

Resta-nos agora continuar a luta antimanicomial, buscando melhorias nos atendimentos dos CAPS e estarmos atentos a criação de novos hospitais, pois o modelo de atendimento opressor ainda parece pairar sobre a saúde do pais...